viernes, septiembre 02, 2005

2005, O Ano Que Não Acabou

O farol fecha. Atravesso a rua rapidamente. O asfalto está muito quente. Também, pudera... são 34 graus e o vento resolveu sumir.
Chego na praia, abarrotada de celulites. Muita barriga mole também está à mostra. Que visão! Mas tudo bem, é dezembro. Estou de folga. Não vou me estressar.

Acho um canto para sentar. Sempre achei que surfista bom é surfista morto, mas tenho de admitir que o barulho das ondas me faz bem neste momento. Até entendo porque eles amam o mar. Desligo o mecanismo para não ouvir o barulho humano. People=shit.

Uma lata de cerveja bem gelada custa R$2. O primeiro gole avisa: a felicidade pode durar uma fração de segundo. Então um filme passa na minha cabeça. É uma obra típica do Tarantino, pois não há seqüência cronológica. A única coisa que não conseguimos dominar é o pensamento.

Há um ano eu não estava aqui. Quase tudo está diferente. O mundo gira, mas nos últimos 12 meses foi um liqüidificador. A mistura é evidente: não sou mais o mesmo.

Fazia tempo que eu não conseguia olhar para ela e pensar: "tudo vai ficar bem". Eu sabia que o tempo era curto. Ela também já tinha avisado que estava de saída. Depois de uma longa tragédia, que durou anos, as cortinas se fecharam rapidamente encerrando o espetáculo. Queria ter conseguido aplaudir de pé, mas não consegui.

Isso já seria suficiente para desmoronar tudo, mas nos meses seguintes mais mudanças aconteceram. Algumas boas, outras ruins, algumas simplesmente mudanças.

2005 termina sem deixar nada no lugar. A retrospectiva passa rápido na mente de novo. Estou mais velho e mais rabugento. 2006 está chegando com mais mudanças. Não adianta temer, porque elas acontecem...mesmo que a gente não queira.

"Mais uma cerveja?"

3 Comentarios:

Anonymous Anónimo dijo...

Algumas mudanças escapam da nossa compreensão e do nosso controle, né... mas sempre podemos correr atrás de outros tipos de mudanças. Don't give up!

3:27 p. m.  
Anonymous Anónimo dijo...

Atualiza! Atualiza! Atualiza!

5:58 p. m.  
Anonymous Anónimo dijo...

Nossa, Ti, acabei de ler esse texto e não consegui não chorar.
Vc tem razão, umas boas, outras ruins, outras apenas mudanças, mas acho que estamos aqui pra aprender e isso muitas vezes não acontece da melhor maneira possível. O que importa é a maneira como encaramos as coisas e as pessoas que estão ao nosso lado (pelo menos eu acho), que sejam poucas, mas verdadeiras.
Bjo

5:08 p. m.  

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