martes, septiembre 02, 2008

A primeira semana

Depois de uma noite cansativa no avião, chegamos ao aeroporto de Lisboa. Não foi difícil pegar o autocarro até a praça do Rossio. Foi, sim, difícil achar a Pensão Praça da Figueira, embora estivéssemos de cara com ela. Era domingo de manhã e não havia viva alma no centro de Lisboa. Depois de perguntar para uns três gajos, conseguimos achar a pensão.

Campainha à porta. "Beeeeeeeimmmmm". "Diga." "Tenho uma reserva." "Se tem uma reserva, =)(/&$##&(%$#". Cara de interrogação. "Tenho uma reserva para hoje." Voz mais alta, devagar e com tom jocoso. "POIS SE TEM UMA RESERVA ENTÃO SUBA."

Boa. Primeira lusitanada com as quatro patas. Eu nem tinha largado a mala. Subimos. Dou de cara com a negrona da recepção. Tomei uma lusitanada de uma angolana. A esta altura ela já estava bem adaptada à cultura. De colonizada à colonizadora.

Tivemos de esperar porque chegamos antes do meio-dia. Deixamos as malas e partimos em busca do nosso primeiro "pequeno almoço". Duas meias de leite e uma bola de Berlim. Sim, aqui sonho se chama bola de Berlim. Ou bola de creme. A meia de leite nada mais é do que o café com leite, que também pode se chamar "galão" e ser um pouco maior, no copo.

Escuta-se muito espanhol nas ruas de Lisboa, mas há europeus de todas as partes. Hippies e traficantes dão um tom diferente ao centro. Os traficantes são inusitados: podem ser mendigos velhos ou moleques com cara de playboy.

Belém é histórica e muito bonita. De lá saíram as primeiras embarcações que tinham o objetivo de dominar o mundo, como a que baixou no Brasil. A torre de Belém, o Mosteiro dos Jerônimos e o pastel de Belém valem a visita. O pastel de nata encontra-se em todo o país, mas só lá é quente e crocante daquela maneira. Quente porque a produção é incessante, eles vendem aquilo aos montes, o tempo todo.

O Castelo de São Jorge, em Alfama, é outro ponto alto, bastante bonito. Imagens belíssimas foram feitas lá. À noite, os melhores jantares foram no Bairro Alto, onde há vida noturna na capital lusitana. O "Bota Alta" foi o melhor jantar da estada alfacinha, com um bacalhau frito cheio de cebola e azeite. Além do vinho, claro.

Já havia escolhido a Super Bock como minha cerveja favorita de Portugal quando fomos conhecer, na quarta-feira, Sintra, a montanhosa cidade que fica perto de Lisboa e pode ser alcançada por meio de um comboio (trem).

Paisagens bonitas e muitos monumentos históricos e caros. Ficamos com o Castelo dos Mouros, que já valeu a visita. Os caras deveriam ser muito magros para andar aquilo todo dia.

Deixamos Lisboa rumo ao Algarve. A Patras queria ver praia. O Sul é onde ficam as melhores praias do país. Por sugestão do dono da pensão em Lisboa, ficamos em Lagos, na ponta sudoeste do continente europeu.

A praia de Dona Ana é linda. Descemos do comboio e pegamos um autocarro, que depois foi invadido por três franceses extremamente fedidos. Mas, mesmo assim, valeu a pena. Pena foi não ter levado uma bomba de matar alemães. Lagos é entupida deles. Todos os restaurantes têm cardápios em Deutsche. E eles são muito mal educados, atropelam todo mundo. Minhas raízes judeu-espanholas pré-Inquisição gritaram forte.

Foram dois dias de sossego, curtindo a paisagem. Depois de uma vagabundice, embarcamos para Coimbra no fim de semana. Já sem o guia que comprei na Fnac e que a esta altura deve estar na mão de algum puto no Algarve. Perdemos e não sabemos onde, talvez no telefone público.

O fim de semana em Coimbra fica para depois. O texto ficou enorme e os meus três leitores têm mais o que fazer. Até breve.

2 Comentarios:

Blogger FAFÁ dijo...

não estou cansada não quero mais vamos largar a preguiça e escrever estava com saudades

10:37 p. m.  
Blogger db dijo...

por que ja acabou?
boa viagem!

9:30 p. m.  

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