domingo, noviembre 06, 2005

Imagem é tudo

Acabei de ver meus hermanos na Argentina protestando e gritando contra o Bush na TV. Senti algo estranho. Acho que vontade de estar lá no meio, gritando contra o assassino. Acho que me sentiria mais útil, apesar de tal ato não colocar comida na boca de ninguém.

Ele disse em Brasília que as minorias não podem ser esquecidas. Ainda bem que é coerente. Não esqueceu a minoria iraquiana. Matou boa parte dela para poder pegar o Saddam e cair de cara no petróleo.

E o detalhe é que o nosso presidente o recebeu para um churrasco. Afinal de contas, precisa manter as boas relações com os Estados Unidos. Escroto. Neste ponto, prefiro Fidel e Chavez. Se bem que nenhum dos dois me fascina. Aliás, dão nojo. Ditadores que não aceitam o livre pensamento e punem com violência. Cuba é pobreza pura. Mas tem gente que ainda acha que ele é um revolucionário.

Há 46 anos ninguém pode disputar a presidência. Quem pensa contra Fidel apanha e é preso. E depois não arruma mais emprego, já que a maioria das vagas é pública. Comunismo. Todo mundo come merda. Que beleza.

Se alguém quiser sair do país, tem que tentar escondido. Li histórias de alguns que tentaram. Levaram tiros e foram presos, porque tentavam nadar para a fronteira dos Estados Unidos. Ernesto, um dos maiores argentinos da história, revira onde está. Não era isso que ele tinha idealizado, tenho certeza.

Para completar, o discurso de Fidel é incoerente. Afinal de contas, ele teve que abrir as pernas. Abriu uma exceção à lei do embargo em 2000 e agora os Estados Unudos tornaram-se o maior fornecedor de alimentos para a ilha, que acaba de comprar US$ 20 milhões em comida em Dakota do Norte. O ditador deve ter saudades da União Soviética e seu dinheiro.

O que importa é a imagem que a pessoa vende. Porque a humanidade a compra.