lunes, julio 25, 2005

Algo para acreditar

Há quem acredite em Deus, no governo, que os cachorros têm alguma utilidade...eu acredito em Murphy. Sim, ele existe e é onipresente, como disse um amigo. Está em todos os lugares, o tempo todo, provando que somos minúsculos e vivemos ao sabor das catástrofes...

Sempre fui contra acreditar que uma "força maior" nos rege, rege o mundo... odeio esse blablabla dito por pastores, pregadores, padres ou qualquer enganador que quer me fazer acreditar na existência de alguém perfeito, todo-poderoso. Deus é uma palavra de quatro letras usada pelos fracos que precisam se apegar a algo que nunca viram para achar que um dia vão ser felizes.

De uns anos para cá, passei a acreditar que existe olho gordo. Não é questão de me achar o "invejável". É simplesmente o fato de as pessoas não poderem te ver bem. Ou acharem que está bem. De repente acontecem coisas ruins sem a menor explicação. Tudo conspira contra, os planos dão errado. Os deuses estão contra mim? Não, porque eles não existem. O que existe é gente te olhando de canto, enfurecida porque te viu feliz de alguma maneira. É o suficiente para a descarga quebrar na próxima vez que for ao banheiro.

Faz parte do ser humano. Somos todos bichos, brigando pelo mesmo espaço em uma selva. Alguns, menos escrupulosos, pisam na tua cabeça sem dó. Outros fingem que gostam de você. Estes são os piores. No fundo, eles só querem uma chance de te foder.

Prefiro os inimigos declarados. Eles não sentam na mesma mesa de bar que eu. Costumam vir pela frente.

miércoles, julio 20, 2005

Internet, videocassete e os carro lôco

Quem me conhece sabe o que digo sobre internet: "o que vale é história engraçadinha, putaria e email". Mas descobri há pouco tempo que muita gente usa tal meio para outros fins.
Percebi que a net funciona como álcool (nossa, agora esse idiota viajou. Criou um blog para isso? tosco...). Sim, como o álcool. O que uma pessoa bêbada ou ligeiramente alcoolizada faz? Tudo que tem vontade, mas não teria coragem de fazer se estivesse sóbria.
Pois bem. A Internet serve para isso. As pessoas querem saber da vida das outras, mas não têm coragem ou intimidade para perguntar. Vasculham no orkut. "Fulano tá namorando, sicrana está grávida, você sabia?" Culpa, também, de quem se expõe em sites idiotas como aquele. Caem na boca do povo. Isso quando as pessoas não concluem absurdos por conta própria. "Sabia que a fulana voltou com aquele cara?" - "Como vc sabe?" - "Vi um 'scrap' (argh) no orkut, em que uma amiga dizia algo... voltou com o ex, eu acho." Semanas depois, com a insistente invasão de privacidade, a pessoa descobre que espalhou uma fofoca errada. Mas tudo bem. Pelo menos espalhou a fofoca. Isso é o que importa.
Outra maneira de perceber que Internet encoraja: os Messengers. Antes com o ICQ, hoje com o MSN, muito usado. Convites para almoços, jantares, fodas homéricas (só para lembrar Rubem Fonseca)... todos feitos pela internet. Se levar um não, ele (a) nem está me vendo. Qualquer coisa, não nos falamos mais. Pelo menos não foi ao vivo.
É tudo muito mais fácil. Quem trabalhou no Terra sabe como as pessoas nascidas naquela maldita terra (sic), que um dia ainda ei de explodir, ficam "machas" via Messenger. Quem nunca levou bronca de chefe via MSN achando que ia ser demitido e depois, ao vivo, recebeu tratamento VIP da mesma pessoa?
Perguntas dúbias, pesadas, broncas, brigas, cantadas...a internet facilita tudo. Afinal, ninguém tem de olhar na cara de ninguém. Mas será que é melhor assim? Faz uns 5 anos que não recebo um convite para uma festa por telefone ou ao vivo... "Mandei email". Aliás, já perdi comemorações, inclusive a de um certo amigo judeu, por causa disso.
Mas a internet e o MSN podem ser muito úteis, às vezes...