jueves, agosto 28, 2008

Classe economica

Texto by Patras (na verdade emprestei o blog e vou cobrar)

Bem, depois de varios dias e primeira vez que consigo um cyber para escrever. Ainda estou tentando me adaptar ao meu lema de que nao e possivel converter euros em reais, voce traz X de dinheiro e tem X dinheiros para gastar. Mas vamos ao inicio da viagem no sabado.

Depois da despedida da japinha Fe, estavamos podres, mas acordamos cedo para fazer a mala e tentar fazer com que os objetos fossem os mais espartanos possiveis. No areoporto aquela coisa de sempre, muita gente e a grata surpresa de que virou politica fixa no Brasil de adotar a mesma politica dos estrangeiros, ou seja, brasileiros tem vantagens sobre os turistas.

No aviao ficamos naquela fila de 4 lugares. Um gordo, gordo mesmo, sentou ao nosso lado. O cara tem um problema, creio que incorrigivel, de apneia do sono. Roncou durante todas as horas do voo, todo mundo comentava. Eu e meu fabuloso Dramin pouco ouvimos, mas o aviao inteiro sabia que naquela fileira havia um roncador.

Sentar num aviao de classe economica significa que voce tera muita paciencia com seu vizinho e a certeza de que se sentou no meio tera de pedir ao cara do seu lado para levantar da cadeira toda vez que desejar ir ao banheiro.

A receita encontrada pelas companhias aereas e simples: aviao bonito, tela de LCD individual, muita gente espremida, mocinhas que se dividem por areas no aviao, pouca comida e nenhuma educaçao.

sábado, agosto 23, 2008

Campeón!!!


A todas las madres de la Plaza de Mayo

A todas las abuelas de la Plaza de Mayo

A todos nuestros hijos y hermanos que se fueron por las sucias manos de la dictadura

A todo nuestro pueblo

A Carlos Gardel, que, aunque no argentino, creó la verdadeira canción popular

A Checho e todos de su equipo

A los pelotudos de Brasil, que pensaban que íbamos perder

E a Diego, el Dios, el Diez, siempre!

martes, agosto 19, 2008

Humillamos a los putos de Brasil


"Fue merecido el triunfo", dijo Masche al final del partido. Sí, Masche. Hemos merecido. Hemos jugado lo que podemos. Y se así lo hacemos, los brasileños se quedan muy chicos.

Gracias, Kun, por pagar la deuda que tenía con nosotros. Tu suegro se pone muy contento. Di Maria, un delantero muy peligroso. La Pulga, genial. Román, el maestro. Pareja, el dueño de la defensa. Masche y Gago, los guerreros del medio. Checho, en un rato lo veo a reemplazar a Coco Basile, que está un poco anticuado, no?

Humillamos a los putos de Brasil. Y solo por eso, ya podemos volver contentos. Pero hemos de llevar nuestro segundo oro, no? Con humildad, con humildad.

Adelante, chicos! Y muchas gracias por hoy!

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , ,

martes, agosto 12, 2008

Are You The Favorite Person of Anybody?

O You Tube está com um canal para curtas e filmes independentes agora. O site já era usado para divulgações, mas agora este canal é direcionado para cinema. É o Screening Room.

Aqui um curta interessante, escrito pela Miranda July, diretora de "Eu, Você, Todos Nós".

Tem quatro minutos e faz parar pra pensar.

Etiquetas: , , , , ,

viernes, agosto 08, 2008

Quanto vale o seu sonho?

A - Quanto vale o seu sonho?

B - Que papo é este?

A - É... quanto vale o seu sonho?

B - Sei lá, pô...

A - Você não tem sonhos?

B - Claro que eu tenho, todo mundo tem. Se a gente perde a capacidade de sonhar, a gente morre...

A - Então, me conta um.

B - Ah, sei lá... queria... queria... queria fazer faculdade de história.

A - E por que não faz?

B - Como eu vou fazer, cara? A Juliana está esperando bebê, trabalho o dia todo... vou largar a mulher com o recém-nascido pra fazer faculdade à noite?

A - Ué, pode não ser agora, mas pode fazer um dia...

B - Ih, cara... criança você não pode largar quando aprende a andar...só depois de adulto.

A - Então pode fazer quando ele for adulto...

B - Mas aí vai ser tarde...

A - Tarde pra quê? Você quer dar aula?

B - Gostaria...

A - Então por que não faz agora?

B- Ih, cara que papo... muda de assunto... e aquela menina que você estava... bem... você sabe...

A - A Claudinha...mas antes que mude de assunto: teu sonho vale R$ 1,99. Câmbio atualizado ao meio-dia.

B - Isso, a Claudinha...

A - Ah, cortei.

B - Por quê?

A - Estava começando a ficar afim dela...

B - Ué, mas não disse que era o tipo de mulher que você sonhava, sem sogro chato, inteligente, magrinha, branquela e tal...

A - Era, mas a coisa começou a ficar séria... vai que eu começo a gostar dela?

B - Ih, tá com medo de se apaixonar?

A - Tô.

B - Quanto vale o seu sonho?

viernes, agosto 01, 2008

Ter ou não ter filhos

Faço pouco isso, mas aqui vou usar umas das funções de blog. Pinçar coisas da web. Este texto é espetacular (não é meu) e concordo com o cara em 99%.
Do blog Liberal Libertário Libertino:

A Decisão de Não Ter Filhos

Eu não quero ter filhos. Nunca quis. Imagino que nunca vou querer. Quando digo isso, existem três reações de praxe.

Minha Crença Está Tão Certa Que É Impossível Que Não Seja Compartilhada por Todos!

A primeira é quando a pessoa sinceramente não acredita. Ela não consegue conceber que exista alguém que não quer ter filho. Em uma espécie que nunca chegou a nenhum consenso, ela considera que procriação é o único deles, que sua opinião é compartilhada acriticamente por toda a humanidade. E, consequentemente, que minha opinião é impossível. Se digo que não quero ter filhos, é porque gosto de ser do contra ou quero chamar atenção. Ninguém pode realmente não querer ter filhos!

São as mesmas pessoas que duvidaram que eu e a ex-esposa iríamos na Parada Gay ou que não acreditam que não vejo final de Copa do Mundo com Brasil em campo.

Sinceramente, não há arrogância maior do que considerar impossível que outras pessoas tenham opinião diferente da sua.

Se Você Não Quer Ter Filhos É Porque Odeia Crianças e Vai Pro Inferno!

A segunda reação é quando a pessoa já conclui de cara que eu não gosto de crianças.

Ora bolas, quem disse isso?

Adoro crianças. Trabalhei com crianças por dez anos. Seis em escola particular, como professor substituto da 5ª série ao 3º ano, e outros quatro em cursos de inglês, para crianças a partir de 10. Hoje, ensino português e literatura brasileira na universidade, para calouros de 17 a 20 e poucos anos e morro de saudades das minhas crianças.

Conviver com crianças faz bem pra saúde mental de qualquer um. Crianças são o que fazem a vida valer a pena. Sua energia nos energiza. Lidar com crianças nos faz sentir mais vivos, em contato com o nosso tempo, por dentro das gírias. Eles nos lembram quem somos, o que fomos e o que nos tornamos. Ao mesmo tempo em que sua vitalidade e juventude ressaltam o quanto estamos velhos, eles também nos rejuvenescem. É uma delícia.

Contato com crianças é algo tão fundamental que não entendo como fazem essas pessoas que nem têm filhos e nem trabalham com crianças. Meu deus, como teve ser terrível a vida de quem só tem contato com gente acima de 25 anos, chatas, previsíveis, conformistas, já meio mortas por dentro. Não gosto nem de imaginar.

Mas, por outro lado, quanta gente vocês conhecem que gosta de cachorro e não tem cachorro? Ter cachorro envolve uma série de responsabilidades que vão muito além de um simples gostar de cachorro. É um compromisso muito sério, um compromisso pra vida toda. Se é assim com cachorros, imagine com crianças.

Eu adorei todas as minhas crianças, mas sabia que eram minhas por somente cinquenta minutos por dia. Ensinei, ajudei, apoiei, fiz tudo o que pude - e, quando bateu o sinal, passei-as adiante.

Ao contrário da maioria dos pais, que se tornam completos imbecis quando falam dos próprios filhos, que acham que até o mais idiota é o próximo Einsten, eu podia ter uma visão mais equilibrada e profissional das minhas crianças - o que me permitia ajudá-las melhor. Eu sabia quem tinha facilidade e quem tinha dificuldade. Eu podia dar tarefas mais avançadas para manter os geninhos interessados e podia dar uma auxílio adicional para os mais lentos. Meu ego e meu DNA não se envolviam no processo.

Dar aulas pra crianças é como ter um melhor amigo com casa de praia. Tudo bem, você não pode ir à casa sempre que quer mas, por outro lado, você desfruta de todas as vantagens e de nenhuma das desvantagens. Assim como qualquer pai, eu ensino meus alunos sobre si mesmos, sobre o mundo, sobre a vida. Transfiro parte da minha sabedoria acumulada. Faço um impacto em suas vidas. Trapaceio a morte um pouquinho.

E, além de ser pago por isso, não tenho que acordar no meio da noite pra trocar fralda e nenhum deles nunca rouba meu carro!

Não posso falar em nome de outras pessoas que não querem ter filhos. Realmente, não conheço muitas. Como sempre, falo apenas de mim, mas acredito que deve se aplicar a mais gente também.

Sim, eu gosto de crianças. Sim, eu gosto de ensiná-las. Sim, eu, como todo escritor, me preocupo com a posteridade e com o futuro da espécie. Afinal, alguém vai ter que me ler daqui a 500 anos!

As prisões, esse projeto que me consome há seis anos, é basicamente um livro pra jovens - e para os adultos que não conseguiram resolver essas questões na hora certa. Já perdi a conta de quantas pessoas entraram em contato comigo pra dizer que mudei suas vidas, que abri seus olhos, que lhes mostrei que tudo poderia ser diferente.

Todas essas coisas lindas que pais fazem com seus filhos, ensinar, transmitir, dividir, compartilhar, é justamente o que tento fazer com meus leitores, aqui, todo dia.

Você Ainda Vai Mudar de Idéia e Concordar Comigo, Seu Idiota!

A terceira reação das pessoas quando digo que não quero ter filhos é uma variação da primeira. Acreditando ou não acreditando, elas acham que é tudo temporário. Quem sabe, daqui a pouco, eu não cresço e paro de ser do contra, não é?

Ou seja, minha opção de vida não é uma posição consciente de um adulto resposável: é uma fase. Besteira.

Finalmente, depois que falo tudo isso, sempre vem um estrupício, bate no meu ombro carinhosamente e diz, com o ar bonachão de uma cassandra que tudo sabe:

Pois guarde minhas palavras, Alexandre, você pode não querer agora mas daqui a pouco vai querer... Em dez anos, vou encontrá-lo cheio de filhos...

E eu, imperturbável, pergunto se ele tem vontade de ter seu cú arrombado por três negões.

Bem, continuo, bonachão e vaticínico, guarde minhas palavras, você pode não querer agora mas daqui a pouco vai querer... Em dez anos, vou encontrá-lo com o cú todo arrombado...

(O mais chocante da história é que todo mundo acha o meu comentário grosseiro mas consideram o absurdo que tive que ouvir a coisa mais normal do mundo. Vai entender!)

As Pessoas Egoístas, Individualistas e Covardes Estão Destruindo o Planeta!

O mundo já tem pessoas demais. A humanidade, pra todos os fins e efeitos, é uma praga, o pior tipo de parasita, aquele que mata o próprio hospedeiro, suprema burrice. Os recursos naturais do nosso planeta estão quase esgotados.

Dentro desse quadro ecológico, talvez a melhor coisa que possamos fazer pela Terra seja poupá-la de mais um ser humano que vai usar fraldas plásticas e consumir gasolina.

Não é à toa que, entre os povos mais ecologicamente conscientes do mundo, é cada vez mais raro encontrar famílias com dois filhos. Os casais têm somente um, quando não fazem a opção por nenhum. São pessoas que têm exata noção do estrago que um simples ser humano adicional pode causar.

Reparem bem: não estou dizendo que as pessoas que têm filhos estão destruindo o planeta. Mas, realmente, se for pra colocar ecologia e meio ambiente na discussão, então, eles estarão do lado das pessoas que fazem o sacrifício de não procriar pelo bem do planeta.

O argumento ecologicamente correto bem poderia ser o seguinte: para satisfazer seus instintos animais de sobrevivência e propagação da espécie, para massagear seu próprio ego passando seu DNA adiante, muitas pessoas individualistas, covardes e egoístas continuam insistindo em ter filhos, mesmo sabendo do impacto ambiental da superpopulação. Se pensassem realmente na coletividade, na sobrevivência da espécie, em questões sociais e no bem-estar do planeta, fariam o sacrifício de não propagar seu DNA.

Por fim, se realmente fizessem questão de ter filhos, de passar adiante seus conhecimentos, de dividir sua experiência, adotariam uma criança já nascida.

Gostar de Crianças

Muita gente confunde não querer ter filhos com não gostar de crianças, como se fosse tudo uma coisa só. Não é.

Realmente, confesso, não confio em gente que não gosta de criança. Não sei se são egoístas, covardes ou pessimistas, mas sei que não dou as costas pra eles. Faço questão de cortar eu mesmo o baralho.

Se você vê uma criança empolgada, correndo feliz, conhecendo o mundo, descobrindo o próprio corpo, perguntando sobre o universo, e se isso te incomoda, se isso não derrete seu coração, se tudo o que você quer é que ela se comporte como uma boneca e fique calada e sentadinha, então, meu amigo, não tente vender um carro usado pra mim.

Entretanto, ter filhos é difícil. É a maior responsabilidade que uma pessoa pode se dar. Vejo idiotas procriando como coelhos sem ter a menor idéia do que se trata, dos desafios envolvidos, da importância da tarefa.

Vocês me desculpem, mas eu acho que dá muito trabalho, muita despesa e, mais importante, suga a liberdade. Ter filhos é uma viagem sem volta. A vida toda é um tempo muito longo. Eu sou responsável demais pra aceitar uma incumbência que não sei se poderei manter. E a nossa vida, a longo prazo, a gente nunca sabe como vai ser.

Admiro quem tem filhos. Acho que são pessoas mais corajosas que eu. Agradeço pelos futuros leitores, vou precisar deles. Agradeço pelas futuras belas mulheres, que não vão nem olhar pra um velho como eu, mas vão embelezar o mundo. Mas estou fora, sinto muito.

Eu vou tentar fazer o meu melhor pelo mundo, pela humanidade e pelas futuras gerações somente escrevendo.


Quem quiser ler o texto no blog original e conhecer o cara, clique aqui