miércoles, octubre 29, 2008

Diego en la cancha, no en el banco

Depois de ter escrito sobre a queda, talvez devesse escrever sobre o retorno do Curintcha. Mas a patroa já fez isso, com propriedade. Só quem é corintiano sabe o que é isso. A festa foi bonita, lágrimas escorreram. Agora estamos de volta para as batalhas com os nossos inimigos de sempre. O verdadeiro guerreiro é o que sabe levantar.

Então sou obrigado a dizer que fiquei feliz com a saída de Coco Basile. O bom velhinho está ultrapassado. Não deu padrão de jogo à seleção em dois anos, algo que até Pekerman (por mais que eu discordasse do trabalho) fez.

As bolsas de apostas foram alimentadas por muitos boatos, mas realmente achei que o nome de Diego na história fosse balão de ensaio. Não acreditei, mesmo, que ele fosse assumir.

Lamento profundamente a escolha. Se não tínhamos padrão tático, agora as chances de isso acontecer caíram ainda mais. Diego foi genial em campo e é folclórico, mas não é técnico de futebol. Teve duas passagens pífias como DT, por Mandiyu e Racing, e nada entende de tática. Resta esperar que Bilardo, que também corre o risco de estar ultrapassado, tenha mais voz ativa sobre o time do que já propagandearam Diego e Grondona.

Temos mais uma excelente geração de jogadores, com Gago, Mascherano, Tevez, Riquelme, Messi, Aguero, Di Maria, etc... mas corremos o risco de mais uma vez naufragar pela escolha infeliz do Sr. Julio Grondona. Foi simplesmente a pior escolha. Até Checho, que tem pouca experiência, já tem mais currículo que Diego: acaba de ser campeão olímpico dirigindo todos estes jogadores citados.

Não se discute a alegria que Diego deu em campo para todos nós. Estará para sempre em nossos corações. Mas seria o mesmo que colocar Pelé no comando da Seleção Brasileira, só porque ele foi o Pelé. Ok, Bianchi já disse "não" três vezes. Mas chamasse então Miguel Angel Russo, prestes a se sagrar campeão argentino mais uma vez, especialista em reconstruir equipes.

Espero, mesmo, pagar a língua. Mas já foi assim em 2006. Perdemos porque não tínhamos técnico. A hora de Grondona tem que chegar, a Argentina não pode ficar refém das infelizes decisões do seu Dualib.

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viernes, octubre 24, 2008

Intolerância

Intolerância. Intolerância com quem trabalha ao seu lado, com quem não vê. Intolerância com quem te liga, com quem não te atende. Intolerância com a comida, com a bebida, com a ar. Intoxicação alimentar.

Intolerância com quem não escuta, com quem cobra, com quem não faz nada. Intolerância com o tempo, com os erros, com a falta de sorte, com o que nunca chega. Impaciência.

Intolerância com quem quer, intolerância com quem não quer. Com quem acredita, com quem não acredita, com quem fala a verdade, com quem mente. Misantropia.

Intolerância com o 'sim', com o 'talvez' e com o 'não'.

Intolerância para ler, para escrever. Nada a acrescentar.

jueves, octubre 16, 2008

Diálogo filosófico

Gerbásio: “Comer a Madonna cansa? Diz que foi ele que quis o divórcio.... como pode?”

Jucenildo: “Cara, pode cansar sim. Por que não?”

Gerbásio: “Porra, a mulher é um mito. O cara pode comer um mito todos os dias!”

Jucenildo: “Primeiro que cara casado não trepa todos os dias. Pode trepar no namoro. No casamento não. Pelo menos não com a mulher. E outra, vai saber como era o dia-a-dia?

Gerbásio: “Mas ela é rica, ainda é gostosa. E ele não é nenhum juvenil. O que mais pode querer?”

Jucenildo: “Você leu que ele reclamou que ela só quer saber de parecer jovem e passa todos os dias na academia? Já pensou que saco?”

Gerbásio: “Ah, ele tá reclamando, mas vai pegar uma bela grana.”

Jucenildo: “Não, já abriu mão da fortuna dela. O cara vive bem. Acho que gostava dela mesmo. Apenas cansou.”

Gerbásio: “E agora vai comer atrizes, já que é diretor.”

Jucenildo: “Pois é.”

Gerbásio: “E alguém vai comer a Madonna.”

Jucenildo: “Sim.”

Gerbásio: “E não sou eu.”

Jucenildo: “Não, não é.”

Gerbásio: “Nem você.”

Jucenildo: “É, não.”

Gerbásio: “Por que ficamos tanto tempo discutindo isso?”

Jucenildo: “Porque é legal falar da vida dos outros.”

Gerbásio: “É mesmo.”

Jucenildo: “Vamo rachar no meio?”

Gerbásio: “Vamo.”

Jucenildo: “Traz (sic) a máquina do Visa Electron, por favor?”

viernes, octubre 10, 2008

Your anger is a gift *

Jornalistas de grife que ganham colunas em portais de terceira categoria e viram madames chiliquentas, exigindo tratamento vip; motoboys que roubam trabalhadores (as) saindo de reuniões de trabalho, mesma que estas pessoas tenham batalhado desde cedo; burocratas que nada resolvem no trabalho, mas vibram com as suas férias, candidatos a prefeito com histórico sujo maquiado graças a um bom marqueteiro.

Tudo se mistura em São Paulo, mas não é só aqui. Onde há humanos há confusão, há mentiras, anseios, emoções e preconceito.

Na altura dos 18 anos, entrando na faculdade de Comunicação, depois de deixar de ser uma ameba mental, comecei a me achar despido de preconceitos. Naqueles anos de “mente aberta”, você defende os oprimidos e briga com os reaças.

Com o tempo, vê que você é mais politicamente incorreto que eles e não é, nem um pouco, despido de preconceitos. Depois de uns incidentes de trânsito, xingamentos e até assalto, começa a vociferar, mesmo, que motoboy tem que morrer. Um pouco diferente de quando tinha 20 anos: “São apenas trabalhadores levando sustento para casa.” Mas, na raiva, você generaliza e manda se foder.

Tropeça em lixo na rua, mas lembra que a ausência de outdoors está mantendo a cidade limpa. Isso, realmente, é importante. Assassinato de aluno na porta do CEU e a prefeitura lavando as mãos não é. Os ônibus seguem lotados, o trânsito é enlouquecedor, a consulta de um doente de câncer demora seis meses pra acontecer. E você, no alto da lucidez e do discernimento, esquece que é despido de preconceitos: “Bicha ladra e saçarela, filha da puta, vai ganhar a eleição. Puta que pariu!”

Aí você lembra do Tim Maia falando que o Brasil é o único país em que pobre é de direita. É mesmo. Porque é burro, é ignorante. Vota em sorriso. E dirige motos. As motos que buzinam, atropelam gente, batem nos carros, arrancam retrovisores, roubam suas bolsas.

A solução é panelaço. Pegar um panelaço e dar no peito de cada motoboy desta cidade. Depois enfiar o cabo da panela no cu do prefeito, a seco, para ver se ele é um viado que agüenta emoções fortes.


* Frase retirada da música "Freedom", do Rage Against the Machine